quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Lá onde os sonhos se tornam pesadelos

Diante da máquina obsoleta
adentrei seu corredor
ladeado de portas
diametralmente opostas.

De um lado,
Desfiladeiro de sonhos!
Do outro,
Desfiladeiro de sonhos!
E na minha arrogância,
Ousei ser maior que a

Morte.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Diário de Bordo

Eu

Não quero esconder nada
À sensibilidade alheia

A macilência do rosto
Os olhos afundados em tristezas
Sulcos, gretas, caroços e veias

Testemunhas da minha dor,
da minha feiura
Que não mostra os dentes por vergonha

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Verticalização

Referente à realidade
Mas na esfera dos sonhos
Busquei a palavra,
A simbólica
Matéria moldável
Dos meus delírios.

Vi o que não deveria ver
Toquei o que não deveria tocar
Abduzido dos sentidos
Na minha fuga vertical
Dei de cara com o que não queria encontrar
E novamente fui lançado
Para dentro do círculo da Bruxa.

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...