quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

diálogo

Me fala:

- Se distraia!

Penso:

- Como se fosse possível!

Como se fosse possível me distrair com outra coisa que não o seu nome.

Como se fosse possível passar o dedo na borda da taça e não me surpreender visionando sobre a superfície do vinho o seu rosto.

Ou,

Controlar o pensamento súbito de que, na abertura da porta, entre você e não outro que me desaponte.

Quando apaixonado, fico deslumbrado, ganho ares de vidente.

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