Dia a dia seu nome fica mais distante junto a sua imagem já borrada. Nem lembro mais de como você tomava a xícara e se servia de café. O rangido dos dentes mordendo a maçã me acordando pela manhã. Tudo fica distante, longe do que era quando existia. A distância é muito boa, e o tempo o manjar de Saturno, o destrutor, a enforcar tudo com seus anéis, a arrefecer as lembranças nas pregas da memória. Mas penso se ao escrever isto, não estou diminuindo a distância fantasmagórica da tua face frente a minha. A minha em frente a um espelho. O nosso passado ressurgido. Então, voltas a me assombrar nos sonhos com teu sexo de íncubo, o teu sêmen recém-colhido na boca de um cálice alimentando os homúnculos do nosso amor.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
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o oco cheio de vazio
é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
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possibilidades poéticas do confinamento antes de sair de casa, não esqueça que ontem foram 4249. Brasil, 08 de abril de 2021. *4.249 mort...
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